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Relação entre literatura e internet pode aumentar número de jovens leitores

Postado por em jul 12, 2012 em Educação | 0 comentários

Relação entre literatura e internet pode aumentar número de jovens leitores

A ampliação do hábito da leitura entre estudantes brasileiros requer a existência de mediadores preparados que entendam as novas ferramentas tecnológicas para levá-los a fazer a ligação com o mundo em que vivem por meio da literatura. “Nós temos poucos mediadores aptos a entrar neste diálogo, nestes suportes, nestas novas linguagens e que tragam uma herança cultural vastíssima”, disse a diretora adjunta da cátedra Unesco de Leitura da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), Eliana Yunes.

Na avaliação de Eliana, que criou a cátedra de Leitura na PUC-RJ em parceria com a Unesco, os estudantes, mesmo no uso da internet, podem dedicar mais tempo à escrita e à leitura do que teriam as pessoas há cerca de 20 anos. “Eles são obrigados a ler, a escrever, a se comunicar”, declarou à Agência Brasil.

Eliane admitiu, contudo, que sem uma mediação adequada, “existe uma simplificação do uso da língua”. A leitura dos estudantes que estão conectados às redes sociais acaba circunscrita a um universo muito estreito ao qual eles têm acesso com facilidade. “Está na onda, está na moda. Tem a coisa da tribo, do grupo”, disse. A professora disse que essa leitura, porém, não têm a densidade necessária para levar os alunos à formação de um pensamento crítico.

Segundo Eliana Yunes, falta a esses estudantes um trabalho de ligação com a leitura criativa ( presente na literatura, por exemplo), algo que pode ser feito pelas escolas e até pelas famílias. “Falta uma mediação que permita que esses meninos tenham acesso, mesmo via internet, a sites muito bons de poesia, de blogs,pequenas histórias, de museus, que discutem música, história”. Sites que, segundo Eliana, permitem que os alunos saiam desse “chão raso” e possam ser levados para uma experiência criativa da linguagem.

“Quem não lê tem muita dificuldade de escrever, de ampliar o seu universo de escrita, de virar efetivamente um escritor”. Como eles têm pouca familiaridade com a língua viva, seria necessário que os adultos se preparassem melhor, buscando conhecer esta nova tecnologia para que a mediação, tanto pela escola como pela família, pudesse ser exercida de forma a partilhar com os alunos leituras de boa qualidade.

A professora disse que a mediação restaura o fio que liga o passado ao futuro no presente destes estudantes. Ela reiterou que a falta de conhecimento de professores e pais desses suportes modernos de comunicação e a falta de habilidade de envolver alunos em uma discussão de um universo mais rico impedem meninos e meninas de desfrutarem uma herança cultural, “da qual eles são legítimos herdeiros”.

“Acho que a questão da escola passa pelo problema da mediação. Se nós não formos leitores de várias linguagens, de vários suportes, nós perderemos realmente o passo com esta geração, que está velozmente à nossa frente, buscando outras linguagens, outras formas de comunicação”. É preciso, sustentou, que os estudantes percebam que a literatura não é um peso ou uma obrigação. “Literatura é vida”.

Para Eliana, a literatura faz falta porque desloca o olhar das pessoas de uma coisa “líquida e certa”, para um lugar de reflexão, de discussão sobre o mundo e a vida humana. Isso pode ser encontrado não só no livro impresso, em papel, como também no livro digital. “Este jogo contemporâneo é muito rico”, disse. “Quanto mais suportes a gente tiver para a palavra escrita e para abrigar a reflexão sobre a condição do ser humano, melhor a gente vai poder abraçar as várias modalidades, que estão vivas, da palavra”.

Pesquisa - De acordo com pesquisa efetuada pelo Instituto Mapear para a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro com 4 mil estudantes e 1,2 mil responsáveis, 93% dos alunos do ensino médio da rede pública do estado tinham celulares em dezembro de 2011 e 78% possuíam computador, sendo que 92% tinham acesso frequente à internet.

Fonte: Agência Brasil

 

Dica de leitura: “Estratégias lúdicas para o ensino da criança com deficiência”

Postado por em jul 10, 2012 em Educação | 2 comentários

Dica de leitura: “Estratégias lúdicas para o ensino da criança com deficiência”

Nossa dica de leitura desse mês é o recém lançado livro da pedagoga Kelem Zapparoli, especialista em educação especial/inclusiva. Em “Estratégias lúdicas para o ensino da criança com deficiência”, Kelem aborda a educação de crianças com algum tipo de deficiência, relatando suas experiências em sala de aula.

Leia a sinopse do livro:

A inclusão em educação tem sido alvo de grandes reflexões e debates nos dias atuais. Há grandes divergências quanto à forma de inclusão e até mesmo, se ela deve ou não acontecer, mas o fato é que muitas crianças, com as mais variadas deficiências, estão ingressando nas escolas e muitos professores, angustiados, sem saber como planejar suas aulas. Este livro conta a experiência de mais de 10 anos da autora na educação de crianças com deficiência, porém as sugestões e os relatos aqui expostos não têm por objetivo trazer uma receita de como elaborar propostas pedagógicas para estes alunos, mas sim mostrar algumas das experiências vivenciadas em educação especial, que poderão servir de apoio a outros professores e demais profissionais. A intenção é que possa servir de apoio ao trabalho de sala comum ou de recursos, pois, apesar de terem sido desenvolvidas em salas especiais, proporcionam reflexões e uma variedade de ideias para se trabalhar com a diversidade, inclusive com a deficiência múltipla.

Educar para um futuro sustentável

Postado por em jul 3, 2012 em Educação | 0 comentários

Educar para um futuro sustentável

Uma sociedade verde é uma sociedade educada em todas as suas dimensões. Investir em educação é fundamental para alcançar o desenvolvimento sustentável, a erradicação da pobreza, a equidade e a inclusão. A educação detém a chave para a produtividade e para o crescimento sustentável, além de melhorar os níveis de saúde e de nutrição, de renda e de meios de subsistência, criando uma condição ideal para o alcance de todos os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e as metas do Compromisso da Educação para Todos (EPT). Nenhum país jamais elevou seu nível de desenvolvimento humano sem constante investimento em educação.

Um segundo fator crucial é a qualidade da educação. Somente anos de escolaridade não são garantia de que os alunos vão receber uma educação relevante para suas vidas e carreiras. A qualidade, ou seja, a combinação do conteúdo da educação fornecida com a excelência dos professores, com as realizações reais e com o sucesso acadêmico dos estudantes, é tão importante quanto a quantidade. Há um ciclo de feedback positivo entre a educação e a inovação como um propulsor de crescimento sustentável em uma economia verde, na qual a inovação, as competências verdes e a capacidade de lidar com a mudança serão condutores significativos de cada setor econômico. Portanto, a educação é um bom investimento, e a educação de qualidade é um investimento inteligente para a construção de sociedades inclusivas e sustentáveis.

A educação para o desenvolvimento sustentável (EDS) é uma dimensão particularmente importante da educação de qualidade. Ela fornece às pessoas de todos os níveis educacionais – especialmente aos jovens – as habilidades, as competências e os conhecimentos necessários para transmitir valores indispensáveis para o comportamento e para práticas que conduzem ao desenvolvimento sustentável, bem como para as sociedades multiculturais e multiétnicas que aspiram à cidadania democrática. É fundamental preparar jovens para conseguirem empregos verdes, para se adaptarem a um ambiente físico mutável e para transformarem padrões de produção e de consumo insustentáveis. A EDS deve ser fortalecida e promovida em todos os níveis e em todos os contextos educativos ao longo da vida. Isso exige a integração da educação para o desenvolvimento sustentável nas políticas educacionais e nas práticas nacionais relevantes de educação; demanda o desenvolvimento de mecanismos eficazes para vincular os objetivos do aumento do mercado de trabalho verde a programas educativos, especialmente por meio da educação técnica e profissional e do treinamento vocacional; e exige a reforma formal e não formal dos sistemas educacionais, a fim de preparar homens e mulheres jovens para o mercado de trabalho verde e retreinar a força de trabalhado existente.

Fonte: UNESCO

Um exemplo de dedicação

Postado por em jul 2, 2012 em Educação | 0 comentários

Um exemplo de dedicação

Em Brasília, uma professora do ensino fundamental cumpre seu papel de educadora e transforma a vida de alunos especiais.

Leia a matéria na íntegra:

As mãos de Daniel Filipe Sousa, 9 anos, nem sempre obedecem aos desejos do garoto. É preciso esforço para apontar as letras no papel. Os olhos de Maria Fernanda Diniz Pimenta, da mesma idade, também necessitaram de treinamento para seguir comandos. Nenhuma dificuldade, porém, impediu que Daniel e Maria Fernanda escrevessem o próprio destino, que começou a mudar na Escola Classe 113 Norte. Os dois compartilham uma história de vida em comum. Nasceram prematuros, faltou oxigênio para o cérebro e tiveram paralisia, que lhes deixou sequelas. Nenhum deles fala nem consegue andar, vivem na cadeira de rodas.

Daniel tem baixa visão, enquanto Maria Fernanda enxerga perfeitamente. A audição da dupla é perfeita. O cognitivo é preservado. Daniel e Maria Fernanda são donos de uma inteligência afiada. Desafiaram prognósticos pessimistas e, apesar de terem sido desacreditados pela medicina, aprenderam a ler e a escrever de um jeito todo especial, com método de alfabetização criado pela professora Raquel Souza, 44 anos, 20 deles dedicados a crianças em salas de aula.

Raquel e outros professores ajudaram Daniel e Maria Fernanda a criarem uma linguagem para se comunicar. Quando quer dizer sim, Maria Fernanda pisca os olhos. Se for um sim efusivo, ela os aperta com força. Se quer dizer não, basta mantê-los bem abertos. Assim, a menina mostra sua personalidade forte e decidida a amigos, família e professores.

Daniel tem um sorriso fácil. Mas nem sempre foi assim. Durante muito tempo, sua personalidade, assim como desejos, frustrações, pensamentos e opiniões, ficou guardada dentro dele. Sem poder falar, Daniel se esforçava para ser compreendido. Vendo a situação deles, Raquel teve ideias. Ouviu falar em um programa de computador que facilitava a digitação para deficientes. As teclas com letras e números são acionadas por sensor, somente com o movimento dos olhos ou da cabeça.

Essa tecnologia, porém, não estava disponível e, além disso, Daniel e Maria Fernanda não tinham condições físicas para usar o dispositivo eletrônico. Raquel não se conformou com as opiniões de médicos que classificavam como mínimas as chances de as crianças conseguirem ler e escrever. Então, criou algo aparentemente simples: uma espécie de teclado feito de papel com todo o alfabeto. Escreveu também cada uma das letras em tamanho grande, em papel A3, para que Daniel pudesse enxergá-las. Mostrou uma a uma para Daniel e Maria Fernanda, fez associações com palavras que continham as vogais, depois as consoantes.

Paciência e dedicação foram essenciais para o sucesso do projeto. A alfabetização começou em 2009 e está avançada. As crianças já conseguem escrever o próprio nome, selecionando uma a uma as letras no teclado. Daniel aponta com os dedos para as que quer usar. Maria Fernanda pisca o olho quando Raquel aponta a letra certa. A professora separa as letras selecionadas. Assim, nascem palavras coladas em papel. Mais do que isso: Daniel e Maria Fernanda mostram ao mundo quem são. Há oito cadernos grandes, em formato A3, guardados no colégio. Neles, há frases, figuras e pensamentos de Daniel e Maria Fernanda. Neles, há sede de aprender e de se comunicar. Os dois escolhem a palavra “feliz” para dizer como se sentem ao escrever.

Declaração de amor

O dia em que eles escreveram cartas de amor para a família foi de festa. Aos poucos, formaram-se as palavras amor, obrigada, abraço, mãe e vovó. Daniel escreveu para a avó, no Pará, “Vovó, eu ti amu”. A grafia pouco importou. Maria Fernanda mandou o mesmo “eu ti amu” para a mãe, que não segurou o choro ao ler a mensagem. Era a primeira vez que eles “falavam”, mesmo sem usar palavras, e expressavam o que vivia preso dentro deles.

Depois disso, passaram a emitir opinião sobre tudo. Assistem a filmes na escola, em seguida escrevem para dizer qual foi a parte preferida e se gostaram ou não do que viram. A escola ganhou uma sala adaptada doada por uma empresa. Além de computadores, televisão, som e material de fisioterapia, há uma cozinha que possibilitou experiências gastronômicas. Raquel exibiu o filme Ratatouille, sobre um ratinho, Remy, que sonha ser chefe de cozinha, mas é expulso de restaurantes porque é roedor. Ele então se esconde debaixo do chapéu de um homem para poder cozinhar.

O nome do longa-metragem é o mesmo do prato preferido do personagem principal. “Não gostei do filme”, escreveu Daniel. “Ele só gosta de cinema que tem tela grande e ele consegue ver direitinho”, justificou a mãe, Ester Pereira de Sousa, 33, moradora de Planaltina. “Eu gostei porque o Remy precisa de adaptação para cozinhar”, avaliou Maria Fernanda.

Depois de alfabetizados, Daniel e Maria Fernanda se transformaram. Passam a sorrir mais, apreciaram os passeios que antes eram como desafios. Maria Fernanda não gostava de ir ao shopping, porque via o olhar das pessoas, sempre carregado de estranhamento e pena. “Hoje, ela se sente muito mais segura. Vamos ao shopping, ela se diverte. Até o raciocínio dela melhorou”, avaliou a mãe, Simone Diniz Pimenta, 39 anos, moradora da Asa Norte.

Raquel sente-se realizada. “Eles são uma lição de vida sobre o prazer de estar vivo. O papel do educador é oferecer oportunidades. Se você acredita neles, eles se comprometem até a alma. Sem esse compromisso, a educação não acontece”, afirmou Raquel, que realizou o que era impossível aos olhos de muita gente.

O texto escrito no quadro da sala de recursos da Escola Classe 113 Norte diz muito sobre aquele ambiente: “A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os poucos capazes de os sentir e entender. Nessas moradas, estão tesouros da ternura humana dos quais só os diferentes são capazes”. Quem assina os dizeres é o pensador Artur da Távola. As palavras servem como inspiração para alunos e professores que frequentam o local diariamente.

Fonte: Correio Braziliense

Câmara aprova 10% do PIB para a educação

Postado por em jun 28, 2012 em Educação | 0 comentários

Câmara aprova 10% do PIB para a educação

Em uma sala lotada de estudantes e de representantes de movimentos sociais, a comissão especial do Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10) aprovou a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do País em políticas do setor em até dez anos. O índice vinha sendo reivindicado por deputados da oposição e parte da base aliada do governo, além de representantes de entidades da sociedade civil.

Atualmente, União, estados e municípios aplicam juntos cerca de 5% do PIB na área. Na proposta original do Executivo, a previsão era de investimento de 7% do PIB em educação. O índice foi sendo ampliado gradualmente pelo relator, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), que chegou a sugerir a aplicação de 8% em seu último relatório.

Um acordo feito no último dia 26 entre governo e oposição garantiu o apoio do relator aos 10%. Pelo texto aprovado, o governo se compromete a investir pelo menos 7% do PIB na área nos primeiros cinco anos de vigência do plano e 10% ao final de dez anos. A proposta segue agora para o Senado.

Flexibilidade

Oito destaques apresentados ao relatório de Vanhoni sugeriam mudanças na meta de investimento em educação. Pelo acordo, apenas a meta de 7% em cinco anos e 10% em dez anos foi colocada em votação. Autor do destaque aprovado, o deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE) acredita que essa alternativa teve apoio do governo porque oferece flexibilidade na gestão orçamentária. Isso porque outras propostas previam metas intermediárias ano a ano.

Para o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, a aprovação dos 10% é resultado da pressão de entidades ligadas ao setor: “São dois fatores primordiais que garantiram que esse acordo fosse consagrado: o trabalho técnico de diversas instituições, que mostraram a necessidade dos 10%, e a mobilização popular”.

Apesar de ter votado pelos 10%, Vanhoni voltou a afirmar que os 8% seriam suficientes para uma “melhoria significativa da educação no País”. “Esse valor já daria conta dos grandes desafios da educação hoje, que são a incorporação das pessoas que estão fora do sistema e a melhoria da qualidade do ensino. Contudo, não compete ao relator ir de encontro a 99% da comissão especial”, avaliou.

Sanção

A proposta do PNE não prevê sanção no caso de descumprimento da meta estabelecida. Para o presidente da comissão especial, deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), “não há razão para se desconfiar, em princípio, da não efetivação das metas”. “Um instrumento legal que cria uma referência de valores deve ser acompanhado e nós, aqui no Congresso, vamos fiscalizar a sua execução periodicamente.”

Paulo Rubem Santiago afirmou que o cumprimento dos 10% ainda depende, além da aprovação no Senado, da pressão de movimentos sociais. “É preciso ter em vista que o Orçamento no Brasil é autorizativo. A efetivação dessas verbas ainda depende de mobilização ao longo dos próximos dez anos”, alertou o deputado.

Outro destaque aprovado nesta terça-feira foi a antecipação da meta de equiparação do salário dos professores ao rendimento dos profissionais de escolaridade equivalente. O relatório de Vanhoni previa o cumprimento dessa meta até o final da vigência do plano. O destaque aprovado, por sua vez, estabelece a equiparação até o final do sexto ano do PNE.

“Temos de evitar o abandono das salas de aulas por profissionais competentes. Uma remuneração justa para o magistério é condição básica para a melhoria do ensino”, justificou o deputado Biffi (PT-MS), um dos autores do destaque.

“É notório como os salários da rede pública de educação estão defasados. Os professores têm hoje a profissão mais desvalorizada do País”, disse a deputada Fátima Bezerra (PT-RN), que também sugeriu a mudança.

A comissão especial aprovou ainda o prazo de um ano após a sanção do PNE para a aprovação da Lei de Responsabilidade Educacional. O projeto, que já está em tramitação na Câmara (7420/06), estabelece responsabilidades de gestores públicos na melhoria da qualidade do ensino. Ambos os destaques aprovados receberam o apoio de Vanhoni.

Rejeitados

Outros destaques colocados em votação, no entanto, foram rejeitados. Uma sugestão do PSDB antecipava do terceiro para o primeiro ano do ensino fundamental o prazo para a alfabetização dos estudantes. Já um destaque do PDT estabelecia um sistema nacional de gestão democrática, com a realização periódica de conferências e a criação e conselhos para avaliação das políticas do setor.

Outras propostas rejeitadas estabeleciam regras claras sobre as responsabilidades de cada ente federado na aplicação de verbas em educação. A autora de uma das propostas, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), argumentou que a União investe apenas 20% do total que é aplicado em educação no País. O restante fica a cargo dos estados e dos municípios. Para a deputada, a União deveria arcar com pelo menos 30% do valor global.

A divisão prévia de responsabilidades também foi defendida pelo deputado Ivan Valente (Psol-SP), que criticou a rejeição dos destaques. “Para atingir os 10% do PIB, a União tem de se comprometer mais, já que ela detém 70% da arrecadação fiscal do País”, argumentou.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Estudo aponta que aumentar espaço entre as letras ajuda disléxicos a ler

Postado por em jun 26, 2012 em Educação | 0 comentários

Estudo aponta que aumentar espaço entre as letras ajuda disléxicos a ler

Pessoas com dislexia podem ler melhor e mais rápido quando há uma separação maior entre as letras de uma palavra: cientistas chegaram a essa conclusão em estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

O trabalho foi realizado por cientistas europeus com 54 crianças italianas e quarenta francesas, todas com dislexia e idades entre 8 e 14 anos. Ao aumentar o espaço entre as letras, os autores perceberam que a precisão dessas crianças para decifrar palavras dobrou e a velocidade de leitura foi aumentada em 20%.

Os cientistas acreditam que com um espaço maior, o causador da dificuldade de leitura, a “aglomeração” das letras, é suavizado.

Experimento

Durante o estudo, foram mostradas 24 frases curtas aos participantes, que tinham que lê-las em duas versões: uma com o texto apresentado com o espaço usual entre letras e outra com uma maior separação entre as letras. O experimento consistiu em comparar a velocidade e facilidade da leitura das crianças participantes nos dois modelos usados.

O texto normal foi escrito com corpo de letra de 14 pontos. Na outra versão, o espaço entre foi aumentado em 2,5 pontos (um ponto corresponde a 0,353 milímetros). Por exemplo, o espaço entre as letras I e L que formam a palavra italiana ‘il’ (que significa ele) passou de 2,7 pontos para 5,2 pontos.

Os cientistas se mostram entusiasmados com os resultados porque perceberam que separar mais as letras não só aumenta a velocidade de leitura das crianças disléxicas, mas beneficia especialmente os casos mais graves de dislexia.

De acordo com os autores, provenientes de universidades e institutos de pesquisa da França e da Itália, o aumento do espaço entre as letras não tem efeito em crianças sem dislexia.

Fonte: Revista Veja

 

Artigo: tecnologia em sala de aula

Postado por em jun 19, 2012 em Aprendizado, Escola | 0 comentários

Artigo: tecnologia em sala de aula

A utilização da tecnologia a favor da educação atualmente é assunto recorrente nas discussões das equipes pedagógicas. Um artigo científico publicado esse mês por um pesquisador da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, aqueceu a popularidade do tema e deve levar diretores e docentes à reflexão.

Com o crescimento do uso de smartphones, tablets e muitas outras tecnologias digitais os professores estão sendo levados a se adaptar a uma nova realidade em sala de aula. Atento a esta mudança, o professor do curso de Sistemas de Informação da FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba), Eduardo Fernandes Saad, dissertou sobre o tema em uma publicação científica da UFTM. O artigo “Formação de Docentes em Tecnologia Aplicada à Educação: Problemas e Soluções” aborda as deficiências de alguns professores para utilizar a tecnologia em sala de aula. “Verificou-se a necessidade de capacitar e melhorar seu conhecimento tecnológico para aplicá-lo no processo ensino aprendizagem. As novas gerações utilizam as tecnologias com muito mais facilidade e isso as fazem perder o interesse pelas aulas tradicionais”, explica o professor.

O estudo revelou que em empresas educacionais as dificuldades são muitas e dentre elas, o instrutor encontra equipes formadas por docentes com dificuldade de aprendizagem da tecnologia, falta de interesse, falta de atenção, desvios de aprendizagem, entre outros. “Através de pesquisa bibliográfica foram analisados treinamentos bem sucedidos em empresas não educacionais para verificar a aceitação dos funcionários das mudanças de rotinas e dos treinamentos efetuados para introdução de novos conhecimentos. A literatura mostrou procedimentos de motivação e aplicação das ferramentas utilizadas para aumentar o interesse dos alunos”, revela Eduardo Saad.

Ao final da pesquisa, o professor concluiu que para maximizar o treinamento e o aperfeiçoamento das equipes de professores é necessário que haja superação das dificuldades de conhecimento e manuseio de tecnologias que facilitem o aprendizado do aluno.

Clique aqui para ler o artigo na íntegra.

Fonte: Faculdades Associadas de Uberaba

Educação especial: formação de professores é o desafio

Postado por em jun 19, 2012 em Educação | 0 comentários

Educação especial: formação de professores é o desafio

Preparar o professor para ensinar a todos os alunos, com ou sem deficiência, sem praticar nenhum tipo de exclusão dentro da sala de aula, ainda é um grande desafio a ser superado. Segundo os pesquisadores em Educação Especial, a formação inicial dos docentes é inadequada nesse sentido.

“O curso deve ser alongado para contemplar uma maior discussão das questões das crianças com deficiência, além de promover estágios na Educação Especial”, afirma Helena Albuquerque, docente da Pós-Graduação em Educação: História, Política e Sociedade,da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). “Além disso, a formação continuada do docente é fundamental para a carreira.”

Hoje, o Ministério da Educação (MEC) tem um programa para apoiar a formação continuada dos professores da Educação Especial em parceria com instituições públicas de Ensino Superior. Os cursos são realizados à distância, pela Universidade Aberta do Brasil (UAB), ou presenciais e semipresenciais, pela Rede Nacional de Formação Continuada de Professores na Educação Básica (Renafor).

Para os especialistas, a formação continuada é essencial, mas deveria ser aperfeiçoada. “Formar professores que saibam lidar com todas as deficiências é muito complicado. Normalmente, os cursos são de curta duração e não suprem tudo o que o professor precisa”, explica Enicéia Gonçalves Mendes, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). “Além disso, o fato de muitos serem à distância também é questionável.”

Diálogo

A resolução de 2009 do Conselho Nacional de Educação (CNE), que traz as diretrizes para a implantação do Atendimento Educacional Especializado (AEE), afirma que o professor responsável deve, entre outras funções, identificar, elaborar, produzir e organizar recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias que considerem as necessidades dos alunos da Educação Especial.

Orientar os professores e as famílias sobre os recursos utilizados pelo aluno e promover a articulação com os professores da sala regular também estão entre as atividades estabelecidas. A última, no entanto, não ocorre como deveria, apontam os pesquisadores.

“O modelo de AEE muitas vezes não atende as necessidades da maior parte das crianças com necessidades especiais porque o que é feito na sala de aula regular não percorre a mesma linha do que é realizado na sala de recursos. Muitos dos que assumem o AEE não têm habilidades para lidar com a criança – lembrando que, nas salas multifuncionais, o MEC orienta a não separar os alunos por deficiência”, explica Enicéia, da Ufscar.

Segundo ela, é necessário que o professor do ensino regular e do AEE conversem e tenham projetos e metas coincidentes, para que o aluno com deficiência possa progredir. “É comum a sala de aula e o AEE serem em escolas diferentes, com professores de turnos diversos, que não conversam e não sabem nada do projeto pedagógico um do outro”, relata.

Para Rodrigo Mendes, diretor geral do Instituto Rodrigo Mendes, organização sem fins lucrativos com foco na Educação Inclusiva,o tema é compromisso de todos os profissionais da escola e das políticas públicas. “No ambiente educacional, o ideal é que haja envolvimento das secretarias de educação e suas equipes, da direção das escolas, da coordenação pedagógica, dos educadores – entendidos de forma ampla, pois todos os funcionários da instituição desempenham um papel educador”, afirma. “É preciso construir uma percepção coletiva de que a Educação Inclusiva é uma missão de todos: professores, educandos, funcionários da escola, pais, parceiros e poder público.”

Fonte: Todos pela Educação

TDAH – Todo cuidado é pouco antes de diagnosticar

Postado por em jun 19, 2012 em Aprendizado, Educação, Escola, Infância | 0 comentários

TDAH – Todo cuidado é pouco antes de diagnosticar

As pessoas mais velhas costumam dizer que as crianças estão diferentes. Observam que se antigamente elas demoravam para abrir os olhos ao nascer, as de hoje parecem engolir o mundo com eles. E que daqui a pouco vão chegar falando.

Essa sensação não é apenas dos mais velhos. Os adultos quando fazem um retrospecto de si quando pequenos e comparam com seus filhos, também percebem a diferença. As crianças estão mais vivas, sabidas e desenvoltas. Se não em sua maioria, ao menos em número maior que em tempos passados.

Fica difícil precisar a que se deve essa mudança. Um fator importante é o amplo espaço que ocupam no mundo – participam muito mais das coisas do dia a dia que antes. Outro é a estimulação que recebem desde que nascem. Ainda com poucos meses vão para a escola e logo passam a receber um volume grande de informações. Que nos dias atuais está cada vez mais rápido com os avanços tecnológicos. O ritmo de tudo está acelerado.

Porém, nem sempre se faz essa compreensão da criança. Sua vivacidade passa a incomodar. Muitos adultos não conseguem acompanhá-la e lidar com ela – veem esse comportamento como um problema.

Aquilo que sai do esperado, ou do que se convenciona a chamar de normal, tende a ser visto como patológico. Com essas crianças acontece isso também – acabam sendo rotuladas com TDAH ou transtorno de déficit de atenção/hiperatividade.

Muitas delas são vistas assim. E como o termo se popularizou, encontramos vários entendidos no assunto que ficam dando o diagnóstico de TDAH para todo o lado.

O TDAH é um transtorno bem específico, observado principalmente na infância e adolescência. Os portadores têm dificuldade em permanecer muito tempo em uma atividade. Passam de uma para outra sem concluir nada. São agitados, desatentos, desorganizados e impulsivos. Assim, acabam tendo prejuízo na escola.

Várias crianças apresentam esses comportamentos, que são típicos da infância. Em outras, eles podem ser indício de que algo não vai bem, de algum problema pelo qual estejam passando. Por isso, existem critérios bem específicos para diagnosticá-lo, como o ambiente em que ocorre e o tempo de existência, só para citar alguns. E, é claro, o quanto essas características interferem negativamente em sua vida.

Para tanto, o diagnóstico deve ser feito por um especialista capacitado, geralmente o neurologista ou psiquiatra. Definir o problema é fator fundamental para que se possa tomar a conduta adequada. Seja pela criança apresentar TDAH ou algum outro distúrbio, que pode ser emocional ou escolar. Ou mesmo para chegar a conclusão que esse é o seu jeito de ser.

O que não dá é ficar achando problema naquilo que não damos conta de lidar, fazendo diagnósticos sem critério algum. No caso, considerar que uma criança é hiperativa porque ela simplesmente incomoda com seu jeito ativo de ser.

Fonte: Dicas para Pais e Filhos em portal G1

Divulgado cronograma do Censo Escolar da Educação Básica

Postado por em jun 19, 2012 em Escola | 0 comentários

Divulgado cronograma do Censo Escolar da Educação Básica

No dia 30 de maio, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), divulgou por meio da portaria nº 144, no “Diário Oficial da União”, o cronograma do Censo Escolar da Educação Básica de 2012.

O mesmo dia marcou o início do período de coleta, digitação e exportação dos dados educacionais do ensino básico das redes públicas e privada.

As informações sobre escolas, alunos e professores de todas as etapas e modalidades da educação básica são coletadas pela internet, por meio do sistema Educacenso.

O Censo Escolar é um levantamento de dados estatístico-educacionais de âmbito nacional feito anualmente. Todas as escolas públicas ou privadas são recenseadas, e, a partir dessa informação, os governos planejam o investimento para o ano seguinte.

Confira o cronograma completo:

30/5/2012 – Abertura do Sistema Educacenso na internet

30/5 a 30/7/2012 – Coleta, digitação e exportação dos dados pela internet

15/8/2012 – Envio dos dados preliminares ao MEC e publicação dos resultados preliminares no ‘Diário Oficial da União’

30/11/2012 – Envio dos dados finais resultantes das correções e verificações para publicação no ‘Diário Oficial da União’

01/11/2012 – Abertura do módulo “situação do Aluno” no Sistema Educacenso

01/11 a 15/3/2013 – Coleta, digitação e exportação dos dados de rendimento e movimento escolar pela internet

25/5/2013 – Divulgação dos relatórios por escola no módulo “situação do aluno” no Sistema Educacenso para conferência

10/4/2013 – Correção dos dados no Sistema Educacenso

22/4/2013 – Divulgação dos relatórios por escola contendo os dados finais de rendimento e movimento escolar 2012
Fonte: Inep